BDRs (Brazilian Depositary Receipts) constituem-se em recibos de depósitos representativos de valores mobiliários emitidos por companhias abertas, sediadas no exterior, e negociadas no Brasil.
De acordo com a B3, os BDR (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs estrangeiros são valores mobiliários emitidos no Brasil, que possuem como lastro cotas de ETFs emitidos no exterior. Para emitir um BDR de ETF, o administrador dos ETFs no exterior deve firmar um contrato no Brasil com uma instituição depositária, a qual será responsável por emitir os BDRs.
Ainda segundo a bolsa brasileira, tal instituição depositária é responsável pela garantia dos BDRs de ETF emitidos no Brasil que estejam lastreados nos valores mobiliários emitidos no exterior. Assim, a instituição depositária mantém uma conta em um custodiante no estrangeiro onde permanecem depositados e bloqueados os respectivos valores mobiliários utilizados como lastro dos BDRs de ETF.
Após a emissão dos BDRs de ETF, sua negociação ocorre no mercado secundário através da plataforma da B3 de forma semelhante às ações. Um investidor, ao adquirir BDR, indiretamente passa a deter cotas de um ETF listado e admitido à negociação em outro país, sem que para isso tenha que abrir uma conta em uma corretora estrangeira e tampouco realizar os trâmites de um investimento internacional.
No Brasil, a B3 é a única organização administradora de mercados que oferece todos os processos de negociação, liquidação e custódia dos BDRs de ETF.
Os BDRs de ETF vieram apenas para investidores qualificados e a B3 anunciou que no dia 08/02/2021 alguns dos fundos agora estão acessíveis a investidores em geral.
Características de BDR de ETF
Código de negociação | XXXX39 (XXXX= 04 letras maiúscula que representam o nome da empresa / 39 = número que representa o BDR de ETF) |
Cotação | Reais por BDR de ETF, com 02 casas decimais |
Liquidação | Física e financeira |
Prazo de liquidação | D+2, a partir da data de negociação |
Mercado | A vista |
Lote padrão | 1 BDR |
Vantagens
- Facilidade de acesso aos ETFs estrangeiros;
- Chance de realizar estratégias, diversificação de investimentos e arbitragem com ativos locais e estrangeiros;
- Possibilidade das operações serem realizadas no Brasil e sua liquidação ser feita em reais, mesmo com as variações de preços.
Desvantagens
- Riscos para o investidor, que deve estudar bem antes de comprá-los;
- Melhor facilidade de negociar os BDRs de ETFs dependendo muito da liquidez de cada ativo;
- Existência de taxas de corretagem no momento da compra e da venda, variando de acordo com cada corretora. Possibilidades de cobrança de taxas de custódia pelas corretoras.